Usando a ideia do Império Cinéfilo, que por sua vez retirou a ideia do Jornal brasileiro O Estado de São Paulo vou responder a este inquérito que me pareceu muito interessante e com umas perguntas muito pertinentes...
Vou também fazer algumas adaptações no conteúdo das perguntas e modificar para português de Portugal.

Que filme mais revê?

Não tenho muito o hábito de rever filmes, mas confesso que sempre que revejo o Fight Club, para além de gostar mais, descubro sempre pormenores novos e interessantes.


Que filme gostou mais depois de o rever?

Chicago. Da primeira vez que o vi não tinha gostado particularmente, mas agora gosto bastante. Também foi curioso porque da primeira vez achei o desempenho de Catherine Zeta Jones superior ao de Renée Zellweger e quando revi mudei de opinião.


Que filme aclamado pela crítica você detestou?

Cidade de Deus. A realização é boa e fica-se por aí.


Que filme revolucionou a sua forma de ver o mundo?

A residência espanhola e Diarios de una Motocicleta. Os dois de diferentes formas. O primeiro fez-me ver o mundo de uma forma mais optimista, mais alegre. Contagia alegria e faz-nos acreditar nos nossos sonhos. O outro de uma forma mais introspectiva fez-me pensar na minha posição no mundo. Aquelas balelas de que não somos nada nesta imensidão acabam por não ser tão ridículas assim.


Cite um filme que deve ser muito bom, mas que nunca viu.

Citizen Kane. É considerado por uma parte significativa da crítica como o melhor filme de sempre. É uma falha que espero colmatar em breve.


De que filme destruído pela crítica você gostou?

Great Expectations, com Ethan Hawke e Gwyneth Paltrow. Confesso que não é uma obra prima, mas tem uma sensibilidade que me agradou bastante. Não me pareceu tão mau como queriam fazer parecer.


Qual o filme dos últimos dez anos que mais o marcou?

Novamente, Fight Club. Todo o conceito do filme, o brilhante argumento, a violência que esconde um filme simples e com uma ideia muito poderosa por trás.

Qual o actor (ou actriz) que o leva ao cinema independentemente do filme?

Angelina Jolie. Aquela mulher tem algo de transcendente. Actor é capaz de ser Edward Norton.


Cite um filme supreendente, ou seja, bom e pelo qual não dava nada.

Aaltra. Uma das melhores comédias que já vi e estive prestes a desistir do filme nos primeiros 10 minutos.


Cite um filme cuja sequela foi melhor do que o primeiro.

Before Sunset. Mais real, mais adulto, mais tocante.


Que filmes conseguem, na sua opinião, conjugar reflexão e entretenimento?

Eternal Sunshine Of the Spotless Mind e I Heart Huckabees. Duas comédias de alto nível que nos conseguem fazer pensar durante horas.


De que filme você mudaria o final?

Birth, com a Nicole Kidman. O filme estava a agradar-me bastante até ao seu disparatado twist final.


Oscar ou Cannes?

Apesar de terem critério diferentes de forma geral agradam-me mais os filmes que passam em competição em Cannes.


Qual foi o primeiro filme que viu no cinema?

Vi alguns de desenhos animados mas não me lembro, portanto o primeiro que me lembro de ter visto foi a Máscara com Jim Carrey.


Que obra lhe fez mal de tão perturbadora?

IT. Ainda hoje me fazem confusão os palhaços por causa deste filme.


Que filme gostaria de ter feito?

1984. A obra de George Orwell, adaptada ao cinema por Michael Radford. Apesar de ter gostado do filme tinha uma visão muito própria de como seria a adaptação.


Quem gostaria que o interpretasse num filme sobre a sua vida?

Quem melhor do que eu próprio? De qualquer forma a minha vida não daria um filme muito interessante.

Cite uma obra pretensiosa mas indespensável.

Qualquer uma de Spielberg, Allen, Kubrick ou Von Trier. Eles sabem que são os melhores no que fazem e nós só temos que nos curvar perante o seu génio.


Que final feliz foi o mais feliz que já viu?

Before Sunset. A ideia de que podemos ser nós a engendrar o nosso final feliz é a melhor experiência que se pode ter.

Qual o realizador do qual continua a gostar, mesmo quando faz filmes maus?

David Fincher consegue, mesmo em filmes inferiores como foi Panic Room, manter o seu cunho pessoal e uma realização acima da média.


Que filme português merece um Oscar?

Muito sinceramente, nenhum. Acho que ainda há um longo caminho a percorrer para que os filmes portugueses possam aspirar tão alto.

Qual a melhor adaptação de um livro para filme? E qual a pior?

A melhor é talvez As Horas. As piores são demasiadas para enumerar mas generalizando posso dizer que as adaptações de bandas desenhadas raramente são bem conseguidas.

Depois de algum tempo sem escrever críticas voltei com esta comédia leve, para me habituar de novo a isto.

Owen Wilson e Vince Vaughn são, definitivamente, o melhor do filme. As piadas dependem deles para atingirem os objectivos em pleno e os actores nunca desiludem.

Agora, é Wedding Crashers um grande filme? Eu creio que não. É a melhor comédia do ano? Longe disso, quando há concorrentes como Sideways ou I Heart Huckabees. Mas, é um mau filme? A resposta poderia ser sim, mas a verdade é que os actores não deixam o filme cair em desgraça. Com timings perfeitos e piadas muito bem representadas somos obrigados a soltar algumas gargalhadas sentidas.

O que não deixa o filme destacar-se é a sua previsibilidade. Nos primeiros 10 minutos já sabemos quando e como vai acabar o filme. É sempre o que falta a este género de comédias, algo de inovador e original. Preferem manter-se fiéis a fórmulas já utilizadas e gastas noutros filmes do género.

Mas, quanto a mim, o pior momento do filme é mesmo o de Will Farrel. Completamente fora do tom do resto do filme e em tudo inferior aos dois protagonistas.

Rachel McAdams vem-se revelando e consolidando o seu talento, não proporcionando momentos deslumbrantes a nível da sua actuação mas também sem nunca desiludir. Isla Fisher é simplesmente hilariante, o seu personagem tem um toque quase de cartoon e apesar da sua fisionomia pequena, enche o ecrã com boa disposição.

No geral o filme é uma comédia competente, mas falha redondamente quando tenta ser mais profundo ou comovente. Exemplo disso é a rídicula cena do funeral que não convence ninguém.

Ele é e será Donnie Darko, mas será também muito mais do que isso. É certo que o filme de Richard Kelly foi o que o tornou popular, mas Jake é muito mais do que um só personagem.

Apenas com 17 filmes no currículo, a sua presença já se fez notar e o seu carisma conquista simultanemente o público e a crítica. A sua capacidade de se transformar no personagem que representa teve o seu exemplo máximo em Donnie Darko, mas é impossível ficarmos indiferentes à carga dramática que carrega em Moonlight Mile, não deixando em qualquer parte do filme que a presença de Dustin Hoffman e Susan Sarandon lhe ofusque o protagonismo. E é assim em todos os seus filmes. Mesmo em The Day After Tomorrow, quanto a mim um filme menor, a sua prestação é impecável.

Jake já provou ser um actor a ter em atenção e tenho certeza de que os seus melhores papéis estão ainda por chegar:

Brokeback Mountain, que já estreia por cá com o selo de qualidade do festival de veneza, ao ter ganho o leão de ouro.

Jarhead, um filme de guerra realizado pelo oscarizado Sam Mendes e protagonizado também por Jamie Foxx e Peter Sarsgaard

Proof, realizado por Johnn Madden e com dois nomes de peso nos papéis principais, Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow.

E ainda Zodiac, o aguardado regresso de David Fincher aos thrillers.

Pelo menos não podemos negar que o rapaz tem olho para escolher com quem trabalha.

Jake Gyllenhaal pode não ter a popularidade de Leonardo DiCaprio, as fãs de Vin Diesel ou os sucessos de bilheteira de Keanu Reeves mas, sem qualquer dúvida, tem mais talento do que os 3 anteriores juntos.

Continuo sem net em casa, por isso isto ainda vai andar lento durante mais uns tempos. Para já as actualizações vão ser curtas. Espero resolver a situação em breve.

Parece que já se começa a notar algum movimento de interesse nas novidades de Hollywood. Depois da recomendação dos trailers de Capote e Good Night, and Good Luck (que cada vez mais me parecem filmes a não perder,) esta semana as chamadas de atenção são mais e melhores.

Vencedor do Leão de Ouro em Veneza, Brokeback Mountain com Heath Ledger e Jake Gyllenhaal, o polémico casal-cowboy-gay.

Hilariante este trailer para Jesus Is Magic.

Não muito espectacular, mas ainda assim a espreitar é o mais recente de Clive Owen, Derailed, ao lado de Jennifer Aniston.

Jake Gyllenhaal é sinceramente a estrela do momento e Proof, ao lado de Gwyneth Paltrow e Anthony Hopkins, parece ser mais uma prova do seu talento e versatilidade. Percam uns minutos a ver estes clips do filme.

Depois dos trailers as notícias, ou qualquer coisa do género:

O filho de Britney Spears já nasceu. Para além disso, correm rumores que a cantora poderá integrar o elenco de Sin City 2. Desde que não abra muito a boca, como aconteceu com Jessica Alba, pode ser que escape...

Que acham das Fitas da Comédia na Sic Comédia ? (para quem não sabe é um programa apresentado por Rui Pedro Tendinha, dedicado apenas a este género de filmes.) Eu achei a ideia gira, mas o apresentador pareceu-me muito pouco à vontade. E a fórmula de fazer rir com um ar sério funciona com o Bruno Nogueira e até mesmo com Nilton no seu Ca7 pirata, mas Rui Pedro Tendinha não tem qualquer background como apresentador, o que o move é apenas o seu gosto pelo cinema, por isso devia-se ter ficado por um "personagem" mais simples e descontraído. O momento alto do 1º programa é, sem dúvida a entrevista a Nuno Markl que quanto a mim, seria o apresentador ideal para este programa.

Por cá estreia Wedding Crashers, The Dukes of Hazzard, Bewitched... pela América já estreia Thumbsucker e Everything Is Illuminated. A nossa silly season extende-se, por isso não há muito mais a anunciar.

Ah, não percam esta última semana dos Morangos Com Açucar. É a última oportunidade para ver este belo elenco. Dia 19 acaba-se. Mas não abram já o champanhe, vai continuar, com as moscas renovadas. A merda é que continua a mesma.

Antes de me lançar nas notícias que por aí circulam, quero só avisar que é provavél um ligeiro abrandamento nos meus post porque o meu computador de casa morreu... :s De momento só tenho acesso à internet no computador do trabalho. Mas vamos ao que interessa.

Não esperem da minha parte grandes dissertações sobre os Oscars, especialmente numa altura em que metade dos filmes que podem ser candidatos ainda nem estrearam. Alguns colegas de outros blogs estão numa correria desenfreada para dar possíveis nomeados para os Oscars vindouros. Há até quem já aponte Munich, o novo de Spielberg, como um possível nomeado. Eu não posso deixar de ficar no mínimo espantado com estas escolhas. Por amor de deus, o filme ainda está a ser filmado. Não será mais inteligente ver os filmes e depois opinar sobre as suas qualidades? É que jogar no totoloto é fácil, ganhar é que é altamente improvável. Eu até gosto de fazer as minhas apostas, mas, apenas depois de saber os nomeados, ou até de dar outros nomes que ache mais merecedores das nomeações. Porque os filmes me agradaram por alguma razão, não pela sua popularidade e inseparável promoção ou pelo grande nome que têm a realizar. Espero que os meus colegas não levem a mal, cada um é livre de escrever o que bem entende no seu blog, mas na minha opinião estas previsões parecem-me demasiado precoces e desprovidas de qualquer sentido.

Passemos às notícias propriamente ditas...

Hannibal volta a atacar, desta vez com umas borbulhas a mais... A adaptação de Behind the mask para o grande ecrã está confirmada e parece que o actor que irá substituir (o insubstituível) Anthony Hopkins é Gaspard Ulliel. Tornado famoso pelo seu papel em Un Long Dimanche de Fiançailles. A realização está ao cargo de Peter Webber (Girl With A Pearl Earing). Resta-nos rezar pelo melhor...

A nova série de culto da ABC (não, não são as Desperate Housewives) Lost, poderá ter uma versão cinematográfica no final da 2ª ou da 3ª temporada.

Como o primeiro foi tão bom (?!?!?), está a caminho Hollow Man 2. Nenhum dos actores voltará e a realização também estará a cargo de outro que não Paul Verhoeven. Previsto para protagonizar está Christian Slater e a única boa notícia é a de que Sony Pictures está a pensar lançar o filme directamente para DVD.

Elijah Wood e Iggy Pop não têm nada em comum. Ainda assim alguma mente brilhante achou que o actor de O senhor dos anéis seria o indicado para protagonizar um filme biográfico sobre o músico.

Gladiator 2, Master and Commander 2, The Blair Witch Project 3 e Academia de Polícia 8. Vou só ali cortar os pulsos já volto!

Um brinde para as meninas aqui!

Um brinde para os meninos aqui!

E até para a semana...

O que há realmente para dizer sobre este filme ?

Por intermédio do excelente blog Sotokai View, descobri esta estranha obra. Deixem-me dizer sem mais demoras que isto é o alucínio completo. Para quem gosta de filmes que não tenham um sentido aparente, mas que apesar disso nos absorvem como nada que tenhamos visto, este é o filme indicado. E aposto que nunca viram nada do género.

5 histórias acontecem simultaneamente, cada uma mais caricata que a anterior. Neste filme desistimos de tentar perceber o sentido nos primeiros 15 minutos e acabamos por nos encostar e simplesmente tirar o máximo proveito de todas as situações inesperadas que acontecem.

Há algo que me parece impossível não mencionar, que é o aspecto visual. Cores garridas que nos enchem a vista, personagens quase animadas e uma fotografia envolvente são razões mais do que suficientes para (quem não gostar da história) apreciar "a vista". A banda sonora, como não podia deixar de ser, acompanha toda a insanidade do filme e complementa-o bastante bem.

É no fundo um filme divertido e diferente, que pode não abundar em profundidade dramática, mas abunda em loucura e animação. Um must see, sem dúvida.

p.s. tenho ainda que mencionar a presença do inglês Vinnie Jones, que é hilariante.